Destaque!

As imagens católicas, diferença entre ídolo e ícone.

 


As imagens católicas, diferença entre ídolo e ícone.

Introdução

Muitas vezes admiramos belas obras arquitetônicas, quadros e esculturas. Não há nada de errado com isso. Porém, quando se fala de artes sacras (sagradas), principalmente as imagens católicas, há uma discussão exacerbada em torno do assunto, e não só na igreja católica, mas pessoas de outras denominações têm adotado, embora de forma mais discreta, alguns símbolos em seus templos, até mesmo em vestimentas. Mas afinal é correto ou não fazer imagens? A bíblia proíbe? Deus condena todo e qualquer tipo? No artigo que segue pretendemos desmistificar alguns paradigmas referentes a isso.

Contexto geral

As Imagens estão presentes desde os tempos primitivos. Os primeiros povos da terra utilizavam as figuras pintadas em cavernas para fins de comunicação, assim como foi presente, por exemplo, no Egito antigo, antes da invenção do alfabeto como conhecemos hoje. Ou seja, cada povo deu sua importância para elaboração de projeções, seja para simples apreciação ou para alguma finalidade primordial da vida humana. Portanto, não estamos isentos ao contato com as mais diversas imagens, sejam elas sacras ou seculares. Portanto, a discussão não deveria ser o fato de produzir ou não as imagens, mas qual finalidade tem cada uma delas.

Embasamento bíblico

A palavra de Deus no livro do êxodo, capitulo 20, versículos 4,5b, diz o seguinte: “Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto”. Tomando esses versículos de forma isolada, poderíamos afirmar, sim, Deus proíbe a fabricação de imagens. Porém, no livro dos números capítulo 21, versículo 8, o próprio Deus fala para o profeta Moisés: “Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo”. Percebe-se que Deus não só manda fazer a imagem de um animal que rasteja na terra, como manda que o povo olhe para ela. Então Ele se contradiz em suas palavras? A resposta é não. É importante entender o contexto. O povo tinha costume de fazer imagens para colocar no lugar de Deus, pois segundo eles, era algo que podiam ver, enquanto a Deus eles não viam.  Por isso Deus proibiu de construir deuses para serem colocados em seu lugar.

 No primeiro livro dos reis, capítulo 6, versículo 23, diz que no templo que Deus pediu para Salomão construir tinham querubins esculpidos, de pau de oliveira, e revestidos de ouro, com 4 metros e meio de altura, e enormes asas. Essas imagens não foram condenadas por Deus, por quê? A resposta é simples, Deus proíbe que se façam deuses, aqueles colocados em seu lugar. Por isso pede para fazer uma serpente e não rejeita os querubins feitos no templo, construído por Salomão.

Conclusão

Existe uma sutil, mas clara diferença entre os dois tipos de imagens aqui citados, algumas imagens são ídolos, como o bezerro de ouro descrito no livro do êxodo, capítulo 32.  A serpente de bronze ou os querubins do templo, estes são ícones. As imagens católicas estão longe de ser ídolos colocados no lugar de Deus, pelo contrário são ícones. E os ícones são imagens que fazem lembrar de algo ou alguém. Toda vez que olhamos para imagem de são José ou da Virgem Maria, por Exemplo, é impossível não lembrar de Deus e reder a Ele grande louvor e exaltação. Por isso as imagens sagradas presentes na Igreja, nos fazem aproximar de Deus e não nos afastar dEle. Por outro lado, existem bezerros de ouro que muitos colocam no lugar do Senhor e esse é o verdadeiro perigo da idolatria.


Autor: Rafael Santos

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem