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Narrativas bíblicas, paralelismo entre o antigo e o novo testamento.

Introdução

Ao percorrer os fascinantes relatos encontrados na sagrada escritura, pode-se notar a riqueza das narrativas que não são simples invenções humanas. Nem mesmo William Shakespeare, com sua criatividade descomunal e Fernando pessoa um gênio em seu tempo, conseguiriam, juntos, criar histórias tão ricas e igualmente realistas quanto às lidas nos 73 livros bíblicos. Sendo assim, nota-se incontestável aquilo que está escrito nas milhares páginas sagradas. Interessante também é constatar que o antigo testamento é um espelho do novo, muitos fatos ocorridos naquele tem sua plenitude neste. Ou mesmo torna-se complemento profético.



Embasamento Bíblico

Algo excepcional é a história de Abraão, que sendo de idade avançada e casado com uma mulher estéril, foi agraciado com um filho, Isaac, o filho da promessa. Segundo relata o livro do Gênesis capítulo 17, versículo 16. Porém, pouco tempo depois, Abraão, testado por Deus em sua fé, se ver obrigado a sacrificar seu filho tão precioso. Sabemos que afinal Deus poupou a vida de Isaac, o que não ocorreu com seu filho único, segundo relata o novo testamento, que Jesus, assim como Isaac, segue com o instrumento do seu sacrifício nos ombros até o monte. Gênesis 22,6 “Abraão tomou a lenha do holocausto e a pôs aos ombros de seu filho Isaac, levando ele mesmo nas mãos o fogo e a faca”. Mas a morte só foi concretizada com Jesus. Percebe-se que nesse caso é mostrada de forma sutil, mais a dor do Pai/Abraão do que a do filho. Imagine um pai ouvir do seu filho como relatado no capítulo 22, versículo 7 do livro do Gênesis, quando Isaac pergunta: "meu pai, temos o fogo e a lenha, mas onde está a ovelha para o holocausto?"  Não sabia que o sacrifício era ele mesmo. Pensemos na dor desse pai em ter que revelar isso.

Outro fato que traça um paralelo entre o novo e antigo testamento é experiência de vida de José do Egito, que reflete alguns aspectos do sofrimento vivido por Jesus. Ainda no livro do Gênesis, a partir do capítulo 37, narra os fatos ocorridos na vida de José, o mais novo dos filhos de Jacó. Tendo seus irmãos inveja dele por ser o predileto de seu pai, planejam matá-lo, mas desistindo, o vende como escravo. Gênesis 37,28 -e quando passaram os negociantes madianitas, tiraram José da cisterna e venderam-no por vinte moedas de prata aos ismaelitas que o levaram para o Egito. Observamos a semelhança entre os versículos 14 e 15, capítulo 26 do evangelho de São Mateus. Que diz - Então, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e perguntou-lhes: “Que quereis dar-me e eu vo-lo entregarei”. Ajustaram com ele trinta moedas de prata. Mas o paralelismo dos acontecimentos não para por aí, sabemos que Jesus foi preso, sofreu várias humilhações, assim como José. Porém, Ambos também, foram, em seu devido tempo, exaltados, José de forma humana, ocupando um alto cargo no governo egípcio e Jesus de forma divina, ocupando seu lugar ao lado do Pai que está no céu.

Conclusão

A palavra de Deus é fascinante e nos traz realidades incontestáveis do ponto de vista histórico, levando em consideração a riqueza com a qual são narrados os fatos, e exposição da verdade presente na vida de cada pessoa que faz parte da narrativa. Na bíblia podemos encontrar fatos sobre guerras, situações engraçadas, tramas tão bem trabalhadas que nenhum dramaturgo consegue fazer semelhante, pois as tramas bíblicas trazem toda veracidade. Quem ler sob a luz do Espírito Santo, percebe toda essa riqueza. Desde charadas, romance amoroso, até mesmo poemas, encontramos nas sagradas escrituras.

Autor: Rafael Santos

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